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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Drone é flagrado sobrevoando presídio paulista para levar celulares aos detentos


Um drone foi flagrado pela equipe da Record sobrevoando um presídio em Guarulhos para levar 11 celulares aos detentos.
Os agentes de escolta que estavam na muralha da unidade fizeram a cobertura, a polícia foi acionada, apreendeu o objeto voador e os três suspeitos que o controlavam.
O que chama a atenção é que enquanto o crime se moderniza indo de pombo correio à drone, o estado de São Paulo caminha a passos de tartaruga, principalmente quanto o assunto segurança no sistema prisional.
Exemplo é o acautelamento de armas, à saber que a minuta apresentada pelo SINDESPE era baseada na publicação da cautela de armas do estado do ACRE, isso mesmo, um dos estados com menor renda per-capta, com menor desenvolvimento público, até este já está na dianteira em questões de segurança prisional.
Um estado que trata segurança com medo e que tem atos medievais como modernos não pode ser respeitado jamais pelo cidadãos de bem, quem dirá pelos criminosos que se eximem do respeito público.
A segurança pública paulista tem que ser tratada com seriedade e principalmente por equipes gabaritadas, não da pra se gerir segurança pública mais com indicações de cargos e afinidades, como na maioria dos setores, principalmente da SAP.

Fonte: Sindesp

Divulgação: Jornal Dia Dia

Grávida é flagrada tentando entrar em presídio com celular na Paraíba

Uma mulher grávida de 8 meses foi flagrada tentando entrar na Penitenciária de Segurança Máxima Geraldo Beltrão, a Máxima de Mangabeira, em João Pessoa, com um celular introduzido nas partes íntimas. O caso aconteceu no fim da manhã desta quarta-feira (27), dia de visita íntima.

De acordo com o diretor da Máxima, João Rosas, a mulher aparentava estar nervosa e, por isso, as agentes penitenciárias fizeram uma revista mais detalhada. Um aparelho com detector de metais identificou que ela estava com algum objeto metálico introduzido no corpo e, por isso, ela retirou o celular voluntariamente.

A mulher, de aproximadamente 35 anos, é companheira de um detento que foi condenado por roubo e que ainda responde a um processo por tráfico de drogas. Ela foi levada para uma delegacia, autuada e, em seguida, liberada.


Fonte: G1

Diretor do presídio federal de Campo Grande está entre os quatro que pediram demissão

Marcelo Correia Botelho, diretor do presídio federal de Campo Grande (MS), está entre os nove diretores do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça, que pediram demissão coletiva, conforme reportagem do jornal O Globo.
Além dele, outros três diretores de presídios federais pediram exoneração dos cargos em caráter irrevogável: Jessé Coelho de Almeida, diretor da Penitenciária em Catanduvas (PR), Luiz Ricardo Brandão Ramos, diretor da Penitenciária de Porto Velho (RO), e Ricardo Marques Sarto, diretor da Penitenciária de Mossoró (RN).​
Ainda de acordo com a publicação, eles alegam que a direção do Depen e o Ministério da Justiça estariam interferindo politicamente em seu trabalho. Segundo O Globo, a diretora do Sistema Penitenciário Federal, Dominique de Castro Oliveira, foi primeira a pedir demissão, mas permanecerá nas funções até a semana que vem. Ela está viajando e, em seu lugar, Diana Calazans Mann, coordenadora-geral de Inclusão, Classificação e Remoção, responde interinamente.
Também pediram para sair os diretores Sérgio Soares Coelho Junior e Gerson Silva de Oliveira. O presídio da Capital já abrigou os traficantes Fernandinho Beira-Mar e o mega traficante colombiano Juan Carlos Abadía.

Fonte: Correio do Estado

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Motins em unidades prisionais de Minas terminam com um morto e 31 feridos

Dois motins em unidades prisionais no interior de Minas Gerais terminaram com um morto e 31 presos feridos. Um dos movimentos foi na cadeia pública de Campestre, no Sul de Minas, onde albergados colocaram fogo em uma cela, revoltados com a transferência programada para hoje. A outra mobilização foi no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Juiz de Fora, na Zona da Mata, onde também houve incêndio.

De acordo com a Polícia Civil, por volta de 21h30 de segunda-feira, detentos de Campestre iniciaram o motim. Um dos presos que estava na cela incendiada morreu e outros oito foram socorridos para hospitais de Passos e Alfenas. Segundo a polícia, a unidade prisional já está interditada pela Justiça e foi programada a transferência de detentos para esat terça-feira, o que gerou a insatisfação. Um inquérito foi aberto para apurar a responsabilidade pelo fogo e os detentos foram levados para cadeias de Alfenas e Três Corações.

Em Juiz de Fora, o motim aconteceu por volta de 20h de segunda-feira e foi controlado por agentes penitenciários às 3h desta terça. Os presos atearam fogo em colchões e jogaram nas galerias da unidade prisional. O Corpo de Bombeiros foi chamado para controlar o fogo e a PM deu apoio na operação de controle.

Segundo a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), 23 presos sofreram escoriações leves e foram atendidos no setor de saúde do Ceresp. Eles foram atingidos por munições não letais ou se machucaram durante o tumulto. Todos passaram por exame de corpo de delito dentro do Centro de Remanejamento. Cinco deles foram encaminhados para o Hospital de Pronto Socorro, mas passam bem.

A Suapi ainda informou que a ação dos agentes penitenciários foi acompanhada pelo juiz da Vara de Execução Criminal, Daniel Reche Motta. Nesta terça-feira, o Comando de Operações Especiais (COPE), do Sistema Prisional, acompanhará os desdobramentos do ocorrido e dará apoio às transferências que devem ocorrer nos próximos dias.

A secretaria fará a mudança de 40 detentos, identificados como líderes do motim, para outras unidades na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A direção do Ceresp instaurou um procedimento interno para apurar as circunstâncias do ocorrido e vai avaliar os danos ao patrimônio.

Fonte: Estado de Minas

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Rachel Sheherazade fala sobre o sistema penitenciário brasileiro

 Opinião da jornalista Rachel Sheherazade sobre o nosso caótico sistema carcerário, que está falido.

Para sindicato, rebelião indica crise no sistema prisional do PR

Detentos rebelados no telehado de prisão no Paraná (foto: AFP)
Sistema prisonal do Paraná registrou 17 montins em nove meses, segundo agentes penitenciários
A rebelião que já deixa quatro mortos – dois deles decapitados e outros dois atirados do telhado– na Penitenciária Estadual de Cascavel é o episódio mais brutal de uma série de eventos que vêm desestabilizando o sistema prisional do Paraná, segundo o sindicato local de agentes penitenciários Sindarspen.
Segundo a entidade, desde dezembro de 2013 foram registrados 17 motins no sistema prisional do Estado, que tem 31 unidades prisionais – e 26 agentes prisionais feitos reféns no período.
A Secretaria de Justiça confirmou 14 desses eventos e disse que a maioria foram episódios de pequena escala e normalmente motivados por detentos que queriam forçar transferências para outras unidades. A pasta disse que não comentaria a situação do sistema prisional do Estado antes do fim da rebelião em Cascavel.
Segundo o advogado do Sindarspen, Jairo Aparecido Ferreira Filho, a rebelião iniciada às 6h30 de domingo foi motivada por dois fatores. O primeiro seria um quadro geral marcado por superlotação na unidade, falta de itens de higiene e atendimento médico e jurídico deficitário.
O segundo seria uma ação de detentos membros do PCC que estariam interessados em consolidar a posição da facção na unidade – que segundo ele seria uma das poucas ainda não controladas pela facção no Estado.
“Conquistar essa penitenciária era uma espécie de troféu. Os presos que são contrários ao PCC são os reféns”, disse.

Tensão

Ferreira Filho disse, porém, que a rebelião não foi fruto de choques entre facções, pois não haveria um grupo organizado rival ao PCC nas prisões da região.
Ele disse que as más condições de infraestrutura e a suposta superlotação do sistema prisional têm elevado a tensão nas prisões de todo o Estado desde dezembro de 2013 – o que resultou em uma série de motins menores que teriam culminado na atual rebelião.
O advogado afirmou que a situação também é preocupante em presídios de Foz do Iguaçu, Piraquara e Maringá. Ele disse também que o sindicato teria alertado o Departamento Penitenciário do Paraná no último dia 6 de agosto sobre a possibilidade de uma rebelião em Cascavel – data em que ao menos 50 novos detentos seriam transferidos para a unidade.
A Secretaria de Justiça do governo do Paraná disse à BBC Brasil por meio de sua assessoria de imprensa que apenas comentaria o assunto após o fim da rebelião.
Paulo Malvezzi, assessor jurídico da Pastoral Carcerária, disse que a situação do sistema carcerário paranaense não está entre as piores do cenário nacional. “Mas o sistema carcerário como um todo está em crise porque não consegue oferecer serviços básicos aos presos, inclusive no Paraná”.
A entidade divulgou uma nota lamentando as mortes e incentivando autoridades e a sociedade a investigar supostos abusos de agentes penitenciários contra detentos e a acabar com a revista vexatória a visitantes dos presídios.

Rebelião

Segundo Ferreira Filho, o motim teve início quando agentes penitenciários serviam o café da manhã para presos da Penitenciária Estadual de Cascavel.
Uma porta que continha os presos teria tido um ferrolho serrado, o que teria possibilitado aos presos de uma determinada ala fazer agentes reféns. O motim teria então se transformado em uma rebelião de grandes proporções.
Na hora do tumulto, nove agentes penitenciários cuidavam de 1.040 detentos.
Os presos destruíram grande parte da infraestrutura da unidade, segundo o sindicato dos agentes. Eles levaram reféns para o telhado de um dos edifícios do complexo onde os agrediram.
Ao menos dois presos foram decapitados e outros dois morreram após serem empurrados do telhado, segundo a Secretaria de Justiça do Estado.
Ferreira Filho afirmou ter visto os detentos intimidando reféns com a cabeça cortada de uma das vítimas.
Na tarde desta segunda-feira, autoridades do governo e do Judiciário negociaram com as lideranças dos presos a transferência de 600 detentos para outros presídios com o objetivo de acabar com a rebelião.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça, os presos concordaram em libertar os reféns e autorizar a entrada da polícia na unidade depois que metade das transferências já tiverem ocorrido. A expectativa das autoridades é que a rebelião acabe ainda nesta segunda-feira.

Fonte: BBC Brasil

Situação precária do sistema prisional de AL facilita fugas, admite secretaria

O sistema prisional de Alagoas contabiliza 21 fugas de presos desde janeiro deste ano, em apenas cinco delas houve recaptura dos fugitivos. A Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) não sabe precisar quantos detentos escaparam nessas ocasiões, mas afirma que já houve anos em que esse número era maior. O motivo para tantas fugas, segundo o secretário Carlos Luna, é a precariedade das penitenciárias do estado.
“Hoje em dia, temos em média 3,4 mil detentos para 2,5 mil vagas, no sistema prisional. Dessas vagas, somente 950 são em unidades novas, o restante é dos prédios antigos que apresentam problemas estruturais", pontua o secretário. Entre os principais problemas apontados por Luna estão o baixo número de agentes penitenciários, a estrutura física precária e a superlotação nas unidades do sistema, que se agravou nos últimos meses.
De acordo com Secretaria, a construção de duas novas unidades no complexo prisional localizado no Tabuleiro do Martins pretende reduzir a superlotação e, com isso, as fugas. A unidade masculino, com 700 vagas, está prevista para ser entregue em março de 2015 e a feminina, com capacidade para 210 detentas, para dezembro deste ano.
Até lá, mantém-se o colapso nos presídios. O Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió, é a unidade prisional que mais registra ocorrências fugas ou tentativas de fugas em todo o estado, segundo dados da secretaria.
O G1 registrou a fuga mais recente no Baldomero. Na ocasião, 10 detentos conseguiram escapar pela rede de esgoto após serrarem as grades da cela. Os agentes notaram a ação e, com a ajuda da Polícia Militar, conseguiram intervir, impedindo que outros 12 presos escapassem da mesma maneira. Para tentar diminuir essa estatística, um dos módulos da unidade, com capacidade para 190 presos, está passando por reforma. A previsão é que as obras terminem até o final do ano.
Polícia encontrou 12 presos dentro de um túnel (Foto: Ascom/PM) 
PM impediu fuga de 12 detentos pela galeria de esgoto do presídio (Foto: Ascom/PM)
 
Fonte: G1